Governo do Estado inicia distribuição de vacinas contra a Covid-19 em crianças de 6 meses a 2 anos com comorbidade
O Governo do Estado iniciou, nesta sexta-feira (11/11), a distribuição de vacinas contra a Covid-19 para crianças de 6 meses a 2 anos com comorbidade. Um lote com 28 mil doses do imunizante chegou à capital na quinta-feira (10/11) e foi encaminhado para a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), órgão que ficará responsável pelo repasse das vacinas para os municípios.
O lote foi desembarcado no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes na tarde de ontem, em um voo comercial da companhia aérea Latam, vindo de São Paulo. Os imunizantes são do tipo Pfizer-BionNTech e foram enviados pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, específicos para a faixa etária de 6 meses a 2 anos de idade (2 anos, 11 meses e 29 dias).
“Esta faixa etária ainda não estava com cobertura, com autorização para vacinação, então a empresa Pfizer desenvolveu essa vacina para esse público entre 6 meses e 2 anos de idade. Existem comissões de cientistas que aprovam ou não determinado imunizante. Esse imunizante foi aprovado nos Estados Unidos, aprovado no Brasil, por cientistas, comissões especializadas, e a aprovação está coberta de segurança”, explicou o secretário de Estado de Saúde, Anoar Samad.
De acordo com o órgão, o esquema primário será composto de três doses: duas doses iniciais (D1 e D2), que devem ser administradas com quatro semanas de intervalo; seguidas por uma terceira dose (D3), oito semanas após a aplicação da segunda dose.
O uso da vacina para esta faixa etária foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro. No Amazonas, crianças acima de 3 anos de idade já têm indicação para iniciar o esquema vacinal contra a Covid-19 com o imunizante CoronaVac.
Orientações
Conforme a fundação, as secretarias municipais de saúde receberam as orientações para aplicação das vacinas a partir de nota técnica, emitida na quinta-feira (10/11), pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), em conjunto com a FVS-RCP.
Conforme a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa-Manaus) já realizou a retirada do lote nesta sexta-feira, e após o feriado deverá disponibilizar o imunizante nos pontos de vacinação da capital. O procedimento será o mesmo para outros municípios.
“Na nota técnica que está no site da FVS há o quantitativo correspondente para cada município. É só agendar e vir retirar. Para alguns municípios, o Governo do Estado, por meio da Casa Militar, também apoia quando são muitos distantes, onde é difícil o envio”, explicou a diretora-presidente do órgão.
Para comprovação das comorbidades no momento da vacinação, poderá ser utilizado o cadastro do Sistema Único de Saúde (SUS), atestando que é feito o acompanhamento da referida condição de saúde, a exemplo dos programas de acompanhamento de diabéticos.
Aqueles que não estiverem cadastrados na Atenção Básica, a comprovação também poderá ser feita com laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivos ou CID da doença ou condição de saúde, CPF ou CNS do usuário, assinado e carimbado, em versão original.
Comorbidades
As vacinas são destinadas para crianças de seis meses a 2 anos com as seguintes comorbidades: diabetes mellitus, pneumopatias crônicas, hipertensão arterial resistente, hipertensão arterial estágio 3, hipertensão arterial 1 e 2 com lesão em órgão-alvo, insuficiência cardíaca, cor-pulmonale e hipertensão pulmonar, cardiopatia hipertensiva, síndromes coronarianas, valvopatias, miocardiopatias, pericardiopatias, doença da aorta, doença dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas, arritmias cardíacas, cardiopatias congênitas, portadores de próteses valvares e dispositivos, arritmias cardíacas, cardiopatias congênitas, portadores de próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados, doenças neurológicas crônicas, doença renal crônica, imundo comprometidos, hemoglobinopatias, obesidade mórbida, Síndrome de Down, cirrose hepática.
IMAGENS: ANDERSON SILVA E DAVIS ALBERTO/SECOM